Oh amada!
traga-me a dor do peito
encravada na poeira das
senzalas
traga-me as costas sangradas
de meus avós
e compare-as com as nossas
e veja a abolição pregada
em nosso andar
manco
de igualdades!
Oh amada!
traga o leite que amamentou
sinhozinho
e molhe minha garganta
seca de gritos
ancestrais
Oh amada!
04/02/82
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