Velha poesia
brasílicamente negra
onde nossos já poetas
ancestrais tatearam
as primeiras palavras-grito
imagens de nossos corpos
escravizados.
Tanta dor, ainda
nos acompanha
tremulando em nossas
línguas e mentes!
e que
nenhum descarrego
remove de nossos corações
o estalido
dos chicotes de palavras
a dilacerarem nosso espírito
Velha poesia nova
de palavrasígneas
de consciência e saber
que
sem o latejar de
nossos punhos-poemas
não sairemos da
estrada-prisão
em que estamos.
Velha poesia!
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